domingo, 31 de julho de 2011


Você não sabe, mas nós vamos nos casar na praia. Eu vou rir no meio da cerimônia porque não consigo ficar séria nunca, e você vai demorar uns cinco segundos antes de responder o “sim” só pra me deixar apreensiva, prestes a ter um ataque de nervos. Então, vamos morar juntos. Em um apartamento no começo, meio apertado, meio bagunçado, mas nosso. Dias de segunda, quarta e sexta você vai fazer o jantar, terça, quinta e sábado, sou eu. No domingo vamos comer pizza mesmo. Nós provavelmente vamos brigar toda hora e eu vou te odiar pra sempre por uns cinco minutos antes de correr pros seus braços e dizer que te amo. Algum tempo depois, vamos comprar nossa casa branca, com várias árvores ao redor, e vamos ter nossos dois filhos - um casal - e o nome, óbvio, vai ser escolhido por mim.Eles vão ter seus olhos. Tem o nosso futuro cachorro também, ou nossos futuros cachorros, porque você sabe como eu amo animais. Vamos fazer compras no supermercado juntos, sabe? Só que eu vou tirar metade das coisas que você colocar no carrinho porque são desnecessárias. E ah, de noite, vamos no quarto dos nossos filhos contar uma histórinha para dormirem, cobri-los e dar um beijinho na testa deles antes de apagar a luz. De vez enquando, os deixaremos na casa da minha mãe para fugirmos, sei lá. Uma noite a sós em algum lugar, numa praia, num bar, longe de todos, e seria como a primeira vez, o primeiro olhar, o primeiro beijo. Eu me apaixonaria ainda mais por você, se isso fosse capaz. Nós não seriamos aquele casal do filme de comédia romântica ou do tipo de conto de fadas, longe disso. Seríamos imperfeitos, birrentos, orgulhosos, chatos, mas sobretudo, estaríamos juntos. Você me fazendo ciúme e eu implicando com você o tempo todo, não importa. Você e eu, eu e você, e toda essa besteira de idealizar o futuro que uma garotinha boba e apaixonada tem. É isso que eu quero. 

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